Uma liderança tóxica traz sérias consequências para a saúde emocional e física das pessoas, provocando mal-estar e animosidade nas relações humanas.
Além disso, pode causar sérios problemas no ambiente de trabalho, desencadeando eventos negativos, desde conflitos de relacionamento até baixa produtividade, aumento dos índices de rotatividade e comprometimento da imagem da marca.
Por isso, é fundamental identificar esse tipo de perfil comportamental e adotar práticas para minimizar seus efeitos.
Foi pensando nisso que elaboramos esse pequeno manual de boa conduta para aplicação nas empresas. Confira!
O que é uma liderança tóxica?
A liderança causadora de algum tipo de dor, desconforto ou descontentamento, de ordem física ou emocional, pode ser considerada tóxica. Essa toxicidade pode se manifestar de diferentes formas: uma delas é o líder autocrático, fechado ao diálogo e pouco preocupado com o bem-estar dos colaboradores.
É um tipo de liderança que funciona por imposição, à base da pressão em uma via única de comandos, o que pode gerar sobrecarga e desgaste na equipe.
No entanto, existe também a toxicidade que se manifesta de uma maneira mais sutil no dia a dia. Ela não necessariamente é causada por lideranças que desejam prejudicar o próximo, mas sim, por comportamentos corriqueiros que muitas vezes passam despercebidos.
Alguns exemplos são: falta de clareza na comunicação, falta de clareza nas funções dos colaboradores e enviar mensagens fora do horário de trabalho.
Os pilares que levam à toxicidade
Estudos apontam que a toxicidade no ambiente de trabalho se origina através do desequilíbrio entre seis pilares:
Realização: diz respeito ao quanto as pessoas podem se desenvolver e entregar resultados. Falta de realização causa um descompromisso nos colaboradores, enquanto o excesso desse pilar provoca autocobrança excessiva.
Autonomia: é importante que exista um alto grau de alinhamento e confiança entre as equipes para que os colaboradores possam agir com autonomia.
Propósito: equipes movidas por um propósito tendem a ser mais unidas e produtivas. Por outro lado, a falta de propósito gera inércia e o excesso desse pilar causa idealismo.
Reconhecimento: ser reconhecido no ambiente de trabalho contribui para uma sensação de pertencimento e segurança. Enquanto a falta de reconhecimento resulta em colaboradores desengajados, o excesso dele prejudica a humildade da equipe.
Justiça: ambientes de trabalho justos favorecem o engajamento dos colaboradores, pois as decisões são tomadas de forma transparente e as pessoas se sentem ouvidas independente da situação.
Relacionamento: o nível ideal de relacionamento entre equipes resulta em uma rede de apoio. A falta de relacionamento pode gerar uma sensação de solidão, enquanto o excesso dele causa conexões superficiais entre as pessoas.
Em alguns casos, o líder tóxico pode não perceber o quanto sua forma de gerir o grupo afeta os pilares acima e prejudica o desempenho e a saúde emocional de seus liderados.
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As lideranças têm um papel fundamental na promoção de um ambiente de trabalho com clima organizacional saudável e construção de relacionamentos sólidos com a equipe.
Em um ambiente organizacional tóxico a atmosfera é tensa, com a harmonia em completo desequilíbrio. Além do abalo nas relações internas, clientes, fornecedores e público, de modo geral, podem sofrer com a desmotivação dos colaboradores devido ao constante estado de apreensão e desânimo.
De acordo com o Dr. Pedro Shiozawa, cofundador da Great People Mental Health, é possível evitar a liderança tóxica no dia a dia com 4 principais comportamentos:
1. Comunique-se com clareza e assertividade
A falta de transparência na comunicação contribui para interpretações equivocadas e dúvidas no ambiente de trabalho. É importante comunicar o óbvio, ser mais objetivo e claro nas interações para minimizar a toxicidade dentro da empresa.
Com uma gestão humanizada, a liderança deve priorizar o diálogo, a escuta ativa e a participação colaborativa, aspectos que são capazes de eliminar os ruídos da comunicação.
2. Reconheça as pessoas
O reconhecimento é fator motivacional e, quando não acontece, deixa as pessoas desanimadas e distantes no trabalho, atuando de forma obrigatória e mecanizada.
Fazer um elogio, observar os pequenos detalhes e reconhecer os esforços cria um ambiente de trabalho harmônico e saudável.
3. Informe coisas boas e ruins
Enquanto os pontos positivos devem ser exaltados, os pontos negativos precisam ser comunicados sempre que necessário. O líder pode evitar a toxicidade ao ser transparente, sincero e verdadeiro com sua equipe, compartilhando alegrias nas situações boas e sendo apoiado em casos de ocorrências ruins.
4. Dê autonomia na medida certa
Toda empresa possui regras e diretrizes, porém nem sempre o líder precisa estar no comando absoluto das decisões. Em determinados momentos, pode ser que as normas precisem ser cumpridas à risca, mas permitir que as pessoas executem o trabalho à sua maneira não só constrói um ambiente de trabalho estável, como estabelece uma relação de parceria mais amigável.
Os líderes conscientes, parceiros e otimistas têm o poder de influenciar positivamente suas equipes, construindo ambientes saudáveis. As atitudes que visam o coletivo e um relacionamento respeitoso de troca entre liderança e equipe, potencializam o aumento da qualidade de vida no trabalho.
Se manter atualizado sobre o que os líderes e a gestão de pessoas estão fazendo para melhorar a relação com a equipe e garantir um ambiente de trabalho saudável ajuda a promover mudanças de comportamento e minimizar as ocorrências características da liderança tóxica.
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