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Etarismo no trabalho: como evitar de forma eficaz?

A busca por ambientes mais inclusivos e diversos requer atenção com as diversas práticas discriminatórias que podem ocorrer. Entre elas, está o etarismo no trabalho — e ele pode afetar diretamente o clima e os resultados do ambiente profissional.


Esse problema não se limita a um setor ou segmento específico. De acordo com pesquisa realizada por Great Place to Work Brasil (GPTW), apenas 3% dos profissionais são idosos nas 150 melhores empresas para se trabalhar no país.


Sendo assim, é preciso adotar estratégias eficazes para prevenir o etarismo, promovendo um ambiente de trabalho mais justo, colaborativo e enriquecedor para profissionais de todas as faixas etárias. 

Continue a leitura e veja como lidar com o etarismo no trabalho!


O que é etarismo e como ele se manifesta no ambiente de trabalho?


O etarismo, em inglês conhecido como “ageism”, é a prática discriminatória de uma pessoa com base apenas na sua idade. No ambiente de trabalho, o etarismo se manifesta de diversas maneiras, como: 

  • evitar contratar profissionais de determinada idade.

  • desconsiderar uma promoção a uma pessoa colaboradora apenas por causa da sua idade.

  • acreditar que, apenas por sua idade, uma pessoa não entende dos desafios ou das novas ferramentas ou não é capaz de aprender.

  • negar benefícios, como o plano de saúde, a profissionais com mais idade.

  • diminuir a participação de pessoas nas decisões e atividades da empresa apenas pela idade.

  • encerrar precocemente o contrato de trabalho apenas por causa da idade


Essas situações tendem a acontecer com mais frequência com pessoas a partir dos 50 anos. Porém, em menor grau, a situação também ocorre com pessoas mais jovens. É o etarismo que pode ser a principal causa para um profissional jovem não ser promovido, mesmo tendo as competências necessárias para ocupar uma posição superior.


Ainda, é possível fazer um recorte de gênero. Segundo uma pesquisa conduzida pela Harvard Business Review, com 913 lideranças femininas dos Estados Unidos, as mulheres sofrem com o etarismo em todas as idades.


As mulheres mais jovens em posições de liderança frequentemente são descredibilizadas pela idade. Já as mulheres mais velhas tendem a ser preteridas por profissionais mais jovens, sendo frequentemente desencorajadas a continuar a avançar na carreira.


Como o etarismo impacta a diversidade e a inclusão?


Além dos impactos individuais na jornada de cada profissional, o etarismo no trabalho costuma causar efeitos sentidos em toda a equipe e até em toda a empresa. Um dos efeitos tem a ver com a diversidade e inclusão. 

No geral, o etarismo reduz a diversidade geracional, o que prejudica trocas entre gerações no mercado de trabalho. Também há menos pontos de vista e bagagens diferentes, o que afeta até mesmo a inovação no dia a dia.


Outro aspecto importante é que o etarismo tende a diminuir o sentimento de inclusão, especialmente quando determinados profissionais são deixados de lado por causa da sua idade. Isso afeta a moral do time como um todo e ainda pode levar à falta de engajamento.


Há, então, diversas consequências possíveis, como a piora do clima organizacional, já que tende a haver uma disputa entre gerações. Também há maior rotatividade e prejuízos à cultura organizacional, já que, na prática, o ambiente é segregador e não inclusivo.


Além disso, todos esses aspectos têm reflexos econômicos. Um relatório da AARP indica que, em 2010, o etarismo provocou prejuízos da ordem de US$ 850 bilhões. Até 2050, o custo pode chegar a US$ 3,9 trilhões.


Como prevenir o etarismo no trabalho?


Sabendo dos efeitos do etarismo, torna-se indispensável combatê-lo para ter uma cultura verdadeiramente inclusiva. Nesse contexto, existem algumas medidas que o RH e as lideranças podem implementar.


Veja quais são!


Conscientização e educação

A educação e a sensibilização de toda a empresa são passos essenciais para lidar ativa e preventivamente contra o etarismo. Os workshops e cursos sobre o assunto ajudam a trazer perspectivas sobre as diferentes gerações no trabalho, a identificação do etarismo e a importância de combatê-lo.


Treinamentos de diversidade também são úteis para ajudar profissionais de diferentes gerações a trabalharem juntos com mais eficiência.


Políticas inclusivas

Depois da etapa inicial de conscientização, é preciso partir para a elaboração de políticas voltadas ao combate do etarismo. Nesse momento, a ideia é desenvolver e implementar iniciativas que ajudem a mitigar ou eliminar os vieses inconscientes e atitudes preconceituosas.


Entre elas, estão:


  1. adaptação do processo seletivo para evitar que a idade seja um viés inconsciente.

  2. oferta de mobilidade de carreira independente da idade.

  3. adoção de plano de desenvolvimento individual (PDI) para todas as pessoas.

  4. oferta de treinamentos constantes, inclusive para ajudar outras gerações com novas ferramentas e recursos.

  5. definição de recompensas baseadas na performance e não na idade ou senioridade.

  6. equidade nos pagamentos e benefícios entre cargos, independentemente da idade.

  7. adaptação da política de diversidade e inclusão para contemplar o etarismo.


Promoção de ambientes inclusivos

Ainda, é interessante criar um ambiente inclusivo para todas as pessoas, independentemente da idade, estimulando o contato próximo entre profissionais de diferentes gerações. Uma das opções é criar mentorias entre pessoas de diferentes idades. O contato entre um profissional 50+ com alguém na faixa dos 20 anos, por exemplo, estimula a troca entre os grupos.


Criar pequenos times ou até comitês compostos por profissionais de diferentes gerações também ajuda nesse sentido. O objetivo é que cada vez mais as pessoas sintam que podem contar com as outras, independentemente da idade e de modo a agir em colaboração.


Qual é o papel do futuro do trabalho multigeracional?


Adotar práticas para combater e prevenir o etarismo também é importante por causa de uma tendência relevante: o futuro do trabalho multigeracional. A expectativa é que, no futuro, os ambientes de trabalho sejam cada vez mais permeados por diferentes gerações.


Afinal, o aumento da expectativa de vida e a tendência de uma vida produtiva mais longa são fatores que contribuem para essa questão. Isso é importante porque a colaboração entre diferentes gerações no ambiente tem diversos benefícios, como:


  • compartilhamento do conhecimento.

  • transferência do conhecimento institucional.

  • facilitação da sucessão empresarial.

  • diversidade de habilidades e níveis de conhecimento.

  • maior flexibilidade e capacidade de adaptação.


Para explorar esses e outros benefícios, é essencial que as empresas comecem a se preparar desde já. Logo, combater o etarismo é uma peça-chave para criar as condições necessárias para aproveitar essa integração de gerações.


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Conforme você acompanhou, o etarismo no trabalho ainda é uma situação prevalente — tanto com profissionais 50+ quanto com os mais jovens. Para ter uma empresa verdadeiramente diversa e inclusiva é essencial combater essas práticas, inclusive se preparando para um futuro multigeracional. 


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