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Flexibilidade no trabalho: o segredo das empresas mais desejadas

A oferta de flexibilidade no trabalho deixou de ser um diferencial para se tornar uma expectativa. Mas engana-se quem pensa que o trabalho flexível se resume aos modelos 100% remotos. Há muitas estratégias para adaptar o trabalho, como modelos híbridos, horários ajustáveis e redução de jornada.

Por outro lado, as organizações que resistem a essa transformação correm o risco de perder bons profissionais para empresas que oferecem mais autonomia e adaptação. 

De acordo com o relatório “Flexibilidade no Trabalho”, os negócios que não oferecem flexibilidade têm uma taxa de rotatividade até 35% maior que aquelas que adotam modelos flexíveis.

Neste artigo, mostramos como adotar a flexibilidade como estratégia de negócio para garantir benefícios para os colaboradores e para a organização. 

Confira!

O que é trabalho flexível?

O trabalho flexível é um conceito que preza por mais autonomia para os profissionais desempenharem suas funções. A intenção é que cada pessoa possa definir quando, onde e como desejam realizar suas atividades, desde que sejam considerados os objetivos organizacionais e as boas práticas.

Essa é uma abordagem que se contrapõe ao modelo tradicional, que estabelece horários fixos e presença obrigatória no escritório. Na prática, a flexibilidade busca alinhar as necessidades individuais dos profissionais às questões operacionais e estratégicas do negócio.

É essencial notar que falar em trabalho flexível envolve diferentes práticas. A adoção do trabalho remoto e do trabalho híbrido é uma das mais propagadas e inclui a possibilidade de as pessoas desempenharem suas funções fora do ambiente corporativo convencional, de modo total ou parcial.

Há também a flexibilidade de jornada, que permite que as pessoas definam seus horários com mais liberdade, dentro de um período definido. Outra prática que tem ganhado espaço é a semana de trabalho reduzida. Ela prevê um número menor de dias trabalhados, sem perda de remuneração ou de produtividade.

Ainda, é interessante destacar os benefícios flexíveis, que podem ser personalizados ou usados de maneira livre. Assim, cada pessoa pode escolher as vantagens mais alinhadas às suas necessidades e atender a demandas individuais com mais facilidade.

De modo geral, a flexibilidade serve para tornar o trabalho mais adaptável e compatível com as necessidades e os interesses do público.

Vantagens de oferecer flexibilidade no trabalho

A oferta de flexibilidade no trabalho é vantajosa tanto para os colaboradores quanto para a empresa. Com a adaptação às novas necessidades dos profissionais, é possível obter resultados estratégicos.

A seguir, descubra quais são os principais motivos para tornar o trabalho mais flexível!

Aumento da satisfação dos colaboradores

Oferecer flexibilidade no ambiente de trabalho é uma forma de reconhecer e valorizar a diversidade de necessidades dos colaboradores. Cada pessoa tem um ritmo, uma forma de entregar resultados e demandas no cotidiano. Como consequência, nem todos os talentos têm a chance de prosperar quando existe um formato único com regras rígidas.

A implementação de regras flexíveis, por outro lado, permite que cada um tenha mais controle sobre a própria forma de trabalhar. Isso ajuda a criar um ambiente de confiança e respeito, o que é fundamental para elevar o engajamento e a satisfação.

A boa percepção também se relaciona ao fato de as pessoas sentirem que a empresa reconhece suas necessidades e acredita em seu desempenho. Essa é uma forma de aumentar o comprometimento com o ambiente de trabalho, fortalecendo o vínculo e o senso de pertencimento.

Elevação do engajamento

O aumento na satisfação também está diretamente ligado a um nível maior de engajamento no trabalho. Uma das razões é o fato de os profissionais poderem definir como executar suas atividades, o que fomenta o senso de autorresponsabilidade e o comprometimento com os resultados e com a empresa.

Como cada pessoa define a melhor maneira de fazer a própria entrega, tende a haver mais conexão com a organização. De certa maneira, isso se deve ao fato de as pessoas sentirem que são valorizadas por suas competências e entregas — e não apenas pelo cumprimento de regras de um modelo único e que vale para todas.

Ainda, a flexibilidade ajuda a evitar ou reduzir frustrações, em especial diante de situações imprevistas que exigem adaptabilidade — como uma necessidade pessoal não planejada. No geral, a flexibilidade torna o trabalho mais estimulante e o faz ser uma fonte de satisfação, elevando o grau de engajamento.

No geral, um nível maior de comprometimento significa que as pessoas têm mais iniciativa e proatividade, inovam mais e colaboram de modo mais eficiente.

Mais autonomia

A flexibilidade no trabalho também é importante para garantir um nível maior de autonomia aos colaboradores. Graças a essas características, as pessoas têm mais controle tanto sobre suas atividades quanto sobre as decisões cotidianas.

Isso se contrapõe à ideia de todos seguirem as mesmas regras padronizadas e que nem sempre fazem sentido para a própria forma de trabalhar. É o caso dos horários rígidos, que não funcionam da mesma maneira para todos.

O aumento da autonomia, em contraponto ao microgerenciamento, estimula o desenvolvimento de habilidades como autogestão, organização e resolução de problemas. Essas competências são essenciais para tornar o ambiente mais rápido e dinâmico, sem depender de diversas aprovações.

Ter um ambiente ágil também é um dos segredos para fomentar a inovação. Com mais liberdade para testar e mesmo para errar, as pessoas podem otimizar processos. 

Aumento da produtividade

Um ambiente profissional mais flexível também impulsiona a produtividade das equipes. Em especial, isso se deve ao fato de as pessoas poderem organizar suas atividades com mais eficiência.

Segundo o nosso relatório “Flexibilidade no Trabalho”, 96,2% das lideranças entrevistadas afirmaram que a flexibilidade eleva a produtividade e o engajamento dos colaboradores. E mais: 92,7% afirmam que a flexibilidade otimiza o próprio rendimento, enquanto líderes. 

Logo, ambientes flexíveis favorecem tanto os times quanto as pessoas em posições de gestão. Isso cria uma sinergia a favor da produtividade de toda a equipe.

O impacto da flexibilidade também aparece no relatório “Melhores Empresas para Trabalhar”, do Great Place to Work Brasil. Em 2024, 30% das empresas premiadas adotaram a redução da jornada. Essa é uma prática ligada diretamente à flexibilidade, à autonomia e à cultura de confiança, o que é fundamental para aumentar o desempenho.

De modo geral, a conexão existente entre autonomia e produtividade funciona como um relevante diferencial competitivo, garantindo que a empresa tenha processos mais ágeis e eficientes.

Apoio à atração de talentos

A oferta de flexibilidade se tornou um fator decisivo para a atração de talentos, já que interfere diretamente na escolha dos profissionais. Segundo o relatório “Flexibilidade no Trabalho”, 98,1% dos trabalhadores com vínculo empregatício consideram esse um diferencial competitivo.

Além disso, 87,3% recusariam uma proposta que não oferecesse flexibilidade e 78,8% trocariam de emprego por uma oportunidade com maior liberdade e autonomia.

O nosso relatório “Trabalho Ideal” ajuda a reforçar essa ideia, apontando a flexibilidade como um dos três principais critérios na busca por um emprego. De acordo com a pesquisa: 66,9% dos profissionais priorizam essa qualidade, ficando à frente da remuneração (64,2%) e se aproximando dos valores e propósito (72,2%).

No final, o impacto dessa tendência já é sentido nos negócios. Em 2024, as premiadas como Melhores Empresas para Trabalhar receberam 21,8 milhões de currículos, um recorde absoluto. Além disso, o relatório aborda uma sondagem do Ministério do Trabalho, que revelou que 15,7% dos brasileiros pedem demissão por falta de flexibilidade

Fica clara a importância desse fator não apenas na atração, mas na permanência de talentos, ajudando na construção de times mais coesos.

Melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Não há como ignorar a importância da flexibilidade para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Por conta disso, ela também impacta o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores, dois temas especialmente relevantes.

O relatório “Flexibilidade no Trabalho” indica que 83,1% dos respondentes acreditam que, com mais flexibilidade, conseguiriam cuidar mais da saúde física e mental. Ainda, 56,8% afirmam que aproveitaram mais a família e 36,7% teriam mais tempo para descanso.

Em contraponto, o impacto de modelos rígidos é evidente. O relatório “Trabalho Ideal” indica que quase 50% dos profissionais sentem que o trabalho afeta sua saúde mental, física e o equilíbrio geral da vida

Entre os que percebem esses efeitos, 80,3% apontam que a saúde mental é a área mais prejudicada, seguida pela saúde física (41,9%) e pelo sono (36,8%).

Já naquelas consideradas as melhores empresas para trabalhar, a qualidade de vida foi o principal motivo de permanência para 27% das pessoas. Esse resultado traz um aumento em relação a anos anteriores, o que denota o ganho de importância do tema.

A partir desses dados, você consegue perceber que oferecer flexibilidade é fundamental para gerar satisfação profissional, melhorar o cuidado com as pessoas e favorecer o equilíbrio entre o aspecto profissional e o pessoal.

Como fazer o trabalho flexível funcionar?

Tornar o trabalho flexível uma realidade na sua empresa exige planejamento e alinhamento, assim como a implementação de qualquer estratégia. 

É por isso que o primeiro passo consiste em fazer um diagnóstico para entender o que faz sentido para a organização e para os colaboradores. É nessa etapa em que são analisados os formatos ideais de trabalho para as diferentes áreas e quais soluções de flexibilidade são mais adequadas, considerando as necessidades operacionais.

A partir dessa identificação, é hora de estruturar um modelo flexível. As diretrizes devem ser claras sobre horários, responsabilidades, metas e entregas. Esse é um passo que também deve incluir clareza nas expectativas e indicadores de desempenho, evitando ruídos e garantindo o cumprimento dos objetivos organizacionais.

Apesar de importante, a estruturação do modelo flexível não é suficiente. Ela só gera resultados se for sustentada por um alto nível de confiança. O microgerenciamento deve dar lugar à autonomia, estimulando a autorresponsabilidade e autogestão dos colaboradores — sempre com transparência na comunicação.

Como a flexibilidade não é uma solução única para todas as empresas, a cultura de feedback é um pilar essencial da implantação de sucesso. O ideal é criar canais para ouvir os colaboradores e entender o que está funcionando e o que pode ser melhorado. Com ajustes contínuos, a tendência é de elevar a eficiência no ambiente de trabalho.

Em todo o processo, é preciso lembrar que o trabalho flexível prevê mudanças estruturais. Então, além de ser bem planejada, essa implementação precisa ser acompanhada de perto e otimizada conforme o necessário para realmente funcionar.

Neste artigo, você aprendeu que a flexibilidade no trabalho é muito mais que o modelo remoto. Existem diversas abordagens disponíveis que podem se adaptar à realidade da organização, mas é necessário planejar e implementar com estratégia para obter os resultados desejados.

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